O Kansas City Chiefs venceu o Miami Dolphins por 26 a 7 na noite de sábado (13), no Arrowhead Stadium, em Kansas City, Missouri, nos Estados Unidos. Mas quem roubou a cena no jogo da NFL foi o frio. Os termômetros marcaram nada menos que 20 graus Celsius negativos, com os jogadores enfrentando uma sensação térmica de 31 graus negativos.
Este foi o quarto jogo mais frio da história da liga de futebol americano dos Estados Unidos, segundo a própria NFL. As condições do tempo fizeram alguns jogadores se aquecerem à beira do gramado com cobertas térmicas.
Os jogos mais frios da NFL
O jogo mais frio de todos os tempos da NFL ocorreu em 1967, quando o Green Bay Packers derrotou o icônico Dallas Cowboys por 21 a 17 em Wisconsin. À época, a temperatura chegou a 25 graus negativos, com sensação térmica de 44 graus negativos. O jogo ficou conhecido como The Ice Bowl.
O segundo jogo mais frio da história da liga ocorreu em 1982. Na ocasião em que o Cincinnatti Bengals venceu o San Diego Chargers por 27 a 7 em casa, no Riverfront Stadium, a temperatura chegou a 22 graus negativos – com uma assustadora sensação térmica de 50 graus negativos.
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Já o terceiro jogo mais frio da NFL ocorreu no não tão distante ano de 2016, quando o Seattle Seahawks venceu fora de casa, derrotando por 10 a 9 o Minnesota Vikings no TCF Bank Stadium, em Minnesota. A temperatura foi de 21 graus negativos, com sensação térmica de 31 graus negativos.
A lista de jogos mais frios da história da liga foi compilada pela própria NFL e pode ser vista aqui.
Ação das mudanças climáticas?
A baixa temperatura que ocorreu no sábado em Kansas City foi um evento extremo, mas não incomum para essa região. Segundo os dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), a temperatura média em janeiro em Kansas City é de -1 grau celsius, mas pode variar entre -24 e 22 graus celsius. O recorde de temperatura mínima em janeiro foi de -23 graus celsius em 1989.
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As mudanças climáticas podem afetar o clima de Kansas City de várias formas, como aumentar a frequência e a intensidade das chuvas, das secas e das ondas de calor. Segundo a NOAA, o que estamos presenciando atualmente é uma mudança climática acelerada, que acontece mais rápido do que em outras épocas do passado. Ainda de acordo com a entidade, o aumento da temperatura global pode causar mais variações no clima local, tornando os eventos extremos mais prováveis.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.