Um novo estudo realizado por cientistas sugere que, mesmo antes de o meteoro que supostamente exterminou os dinossauros atingir a Terra, há 66 milhões de anos, nosso planeta já apresentava toxinas que poderiam acabar com toda a vida existente.
A pesquisa, publicada esta semana no periódico Science Advances, concluiu que naquele período não só a qualidade do ar era péssima como também a situação era ainda agravada por atividades vulcânicas, combinação que gerava temperaturas extremamente baixas.
O que teria tornado quase impossível a sobrevivência dos dinos?
Os cientistas analisaram os níveis de enxofre nas rochas dos Basaltos de Decão — que já foram uma das maiores formações vulcânicas do mundo, no centro-oeste da Índia — e perceberam que os altos níveis detectados poderiam ter causado condições consideradas extremamente desagradáveis.
De acordo com Sara Callegaro, geocientista da Universidade de Oslo, na Noruega, e co-autora do estudo, “o vulcanismo dos Basaltos de Decão preparou o cenário para uma crise biótica global, deteriorando repetidamente as condições ambientais ao forçar invernos vulcânicos curtos e recorrentes”.
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Ainda segundo a Callegaro, os altos níveis de enxofre teriam tornado quase impossível a sobrevivência não só dos dinossauros como também da maioria das formas de vida. Para a professora, as condições climáticas eram certamente instáveis, com repetidos invernos vulcânicos que poderiam ter durado décadas. Tal instabilidade dificultaria a vida de todas as plantas e animais.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.