Cidades do nordeste foram surpreendidas na última semana por misteriosos clarões no céu, gerando especulações e assustando moradores. Vídeos capturando o ocorrido se espalharam nas redes sociais, inclusive alimentando teorias sobre meteoros. No entanto, astrônomos esclareceram que a causa dos clarões, vistos em Alagoas, Bahia, Piauí e Sergipe, foi algo mais terreno, embora não menos intrigante: lixo espacial.
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Segundo especialistas, os clarões foram provocados pelos restos de um foguete chinês Longa Marcha 2 lançado em 2018 e que estava vagando pela órbita terrestre por quase seis anos. A reentrada do lixo espacial na atmosfera provocou a bola de fogo no céu.
Lixo espacial: acúmulo de detritos ao redor do planeta gera discussões
A problemática do lixo espacial – ou detrito espacial – não é recente. Remonta ao início da corrida espacial, em 1957, quando a União Soviética lançou o Sputnik, o primeiro satélite artificial. Atualmente, estima-se que existam cerca de 1 milhão de objetos com mais de 1 cm de tamanho viajando pelo espaço, muitos deles orbitando a Terra. Esses resíduos variam desde satélites desativados até pequenas peças, como parafusos.
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Uma das preocupações é em relação à velocidade com que esses objetos se movem, atingindo incríveis 56 mil quilômetros por hora. Essa velocidade transforma os detritos espaciais em verdadeiros projéteis, representando um risco significativo para astronautas em estações espaciais, especialmente durante as caminhadas.
Agências espaciais e a comunidade científica internacional buscam continuamente maneiras de monitorar, prevenir e, quando possível, remover esses detritos para garantir a segurança no espaço.
Com informações da TV Brasil.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.