A Agência Espacial Tripulada da China (CMSA, na sigla em inglês) revelou recentemente o design exterior do traje espacial que seus “taikonautas” (como são chamados os astronautas chineses) utilizarão no pouso lunar.
Decorado com listras vermelhas e com a bandeira da China em destaque, o traje branco foi apresentado durante o terceiro Fórum de Tecnologia de Trajes Espaciais, organizado pelo Centro de Pesquisa e Treinamento de Astronautas da China.
Novo traje espacial: inspirações e materiais
As listras vermelhas nos membros superiores do traje são inspiradas nas fitas das famosas “apsaras voadoras” da arte de Dunhuang [figuras femininas celestiais da mitologia budista e hindu, frequentemente representadas em pinturas e esculturas, simbolizando beleza e graça], enquanto as listras nos membros inferiores se assemelham a chamas de lançamento de foguetes.
De acordo com a CMSA, o traje espacial é feito de materiais de proteção que podem efetivamente proteger os taikonautas do ambiente térmico lunar e da poeira lunar. O traje é equipado com um painel de controle integrado, multifuncional e fácil de operar, além de câmeras para gravação de cenas próximas e de longa distância.
O traje espacial também possui luvas flexíveis, uma viseira panorâmica de capacete à prova de brilho e articulações adaptadas para ambientes de baixa gravidade.
Com o novo traje, os taikonautas serão capazes de realizar uma variedade de movimentos, incluindo caminhar facilmente, agachar, curvar-se, ajoelhar-se e subir uma escada.
Os planos da China para a Lua
Em março deste ano, a China lançou ao espaço um satélite de retransmissão para fornecer serviços de comunicação Terra-Lua. O feito foi considerado uma etapa chave para futuras missões de exploração lunar do país, como colher amostras do lado oculto da Lua [o que ocorreu com sucesso em junho deste ano].
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Em maio, o país anunciou que havia iniciado a fase de pouso tripulado na Lua, meta que planeja alcançar antes do ano 2030. Na época, o vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China, Lin Xiqiang, disse que os trabalhos do Escritório de Engenharia Espacial teriam início, incluindo “novos veículos de exploração, trajes espaciais [como os apresentados agora], nova geração de naves espaciais e novos foguetes”.
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Neste ano, a China também anunciou que pretende utilizar tecnologia de impressão 3D para construir estruturas na Lua. E, para seus planos de exploração lunar até 2030, uma grande aliada será a estação espacial de Tiangong – ou estação espacial chinesa –, concluída no final de 2022.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.