Colunas de fumaça do vulcão Etna chegam a quase 10 km de altura | Mundo & História

Foto: ANSA/AFP

Depois de registrar duas erupções nos três últimos dias, o vulcão Etna, no sul da Itália, amanheceu tranquilo nesta segunda-feira (8).

Desde a última sexta-feira (5), o Etna chegou a lançar colunas de fumaça de até 9 quilômetros de altura, cobrindo Catânia, uma das cidades mais importantes da Sicília, de cinzas.

As aferições têm sido feitas e divulgadas pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) da Itália.

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Apesar das fontes de lava que resultaram em colunas de fumaça tão altas, as erupções não deixaram nenhum ferido, nem mesmo afetaram os aeroportos dos arredores.

Localizado na ilha italiana da Sicília, o Etna é o vulcão mais ativo e de maior altitude da Europa, com 3,4 mil metros.

A informação é da agência de notícias ANSA.

🌋 Como um vulcão entre em erupção?

Uma erupção vulcânica ocorre quando há uma liberação repentina de magma (rocha fundida), gases e fragmentos de rocha do interior da Terra para a superfície. Esse processo é impulsionado pelo acúmulo de pressão no interior da crosta terrestre.

Formação do magma: o manto terrestre, situado abaixo da crosta, é composto de rochas que, sob altas temperaturas e pressões, podem derreter parcialmente para formar magma. Este magma, por ser menos denso que as rochas sólidas ao seu redor, começa a ascender em direção à superfície através de fissuras e condutos na crosta terrestre.

Acumulo de pressão: quando o magma se acumula em grandes reservatórios chamados câmaras magmáticas, localizadas abaixo dos vulcões, os gases dissolvidos no magma (como vapor d’água, dióxido de carbono e enxofre) começam a se expandir à medida que a pressão diminui. Isso aumenta ainda mais a pressão dentro da câmara magmática. A pressão crescente pode causar fraturas na crosta terrestre, permitindo que o magma, juntamente com os gases e fragmentos de rocha, seja expelido violentamente para a superfície.

Erupção: dependendo da viscosidade do magma, as erupções podem ser explosivas ou efusivas. Quando o magma é viscoso (rico em sílica), ele pode bloquear o conduto vulcânico, levando a uma acumulação extrema de pressão e resultando em erupções explosivas que lançam cinzas, rochas e gases a grandes distâncias. Quando o magma é menos viscoso (pobre em sílica), ele pode fluir mais facilmente, resultando em erupções efusivas, onde o magma se derrama suavemente pela superfície como lava.

Pós-erupção: após a erupção, a lava que fluiu pela superfície começa a esfriar e solidificar, formando novas rochas vulcânicas. Dependendo do tipo de erupção e do tipo de magma, diferentes estruturas vulcânicas podem se formar, como cones de cinzas, cúpulas de lava, escudos vulcânicos e estratovulcões. As erupções vulcânicas podem ter impactos significativos no meio ambiente, incluindo mudanças no clima, poluição do ar e destruição de habitats.

Monitoramento: para prever erupções vulcânicas, os cientistas monitoram vários sinais, incluindo pequenos terremotos causados pelo movimento do magma, mudanças na forma do solo ao redor do vulcão, aumento na emissão de gases como dióxido de enxofre e elevações na temperatura ao redor do vulcão. Cada vulcão tem suas próprias características e comportamento, e a previsão de erupções ainda é um desafio complexo e em constante desenvolvimento na ciência vulcanológica.

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