A espaçonave chinesa Shenzhou-18 retornou à Terra com 34,6 quilos de amostras experimentais da estação espacial, abrangendo microorganismos, materiais de liga e nanomateriais que são difíceis de preparar aqui, informou o Science and Technology Daily na segunda-feira (4).
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As amostras recuperadas ajudarão no desenvolvimento de lasers de fibra espaciais, facilitar a criação de materiais extraterrestres e explorar explorar possibilidades de expansão da vida terrestre pelo espaço.
Amostras trazidas de volta pela Shenzhou-18
A cápsula de retorno da Shenzhou-18, carregando três taikonautas [astronautas chineses], retornou à Terra na manhã de segunda-feira, após completar uma missão de seis meses na estação espacial.
As amostras experimentais científicas trazidas incluem 55 tipos diferentes, envolvendo 28 projetos nas áreas de ciências da vida espacial, ciência de materiais espaciais e combustão em microgravidade.
Os espécimes de ciências da vida compreendem arquebactérias geradoras de metano, micróbios resistentes à radiação e microrganismos que habitam rochas. A expectativa é que esses espécimes ajudem a investigar a habitabilidade de ambientes fora da Terra e a capacidade dos microrganismos de se adaptarem às condições do espaço.
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Outras amostras incluem ligas resistentes a altas temperaturas, fibras ópticas e revestimentos ópticos. Esses materiais têm o potencial de transformar a fabricação de lâminas para turbinas aeroespaciais de última geração, lasers de fibra adaptados ao espaço e reparos médicos de alta precisão.
A espaçonave também trouxe nanopartículas resultantes da combustão de metano, que podem viabilizar a criação de materiais críticos para ambientes fora da Terra no futuro.
Recentemente a China anunciou o desenvolvimento de “tijolos lunares” para futuras construções de bases na Lua. Os pesquisadores chineses também apresentaram um robô de impressão 3D, que ajudará na tarefa.
Com informações da agência de notícias Xinhua.