Itália pensa em obter mais de 100 satélites para segurança e defesa
Projeto da ASI prevê que o conjunto seja composto por mais de 100 satélites. (ANSA)
O estudo de viabilidade para o conjunto italiano de satélites de telecomunicações para segurança e defesa está pronto e foi entregue ao Ministério da Empresa e do Made in Italy, chefiado por Adolfo Urso.
De acordo com o ministro, a Agência Espacial Italiana (ASI) ficará responsável por “discutir com as empresas para entender se elas são capazes, por conta própria, de criar a constelação”.
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O projeto da ASI prevê que o conjunto seja composto por mais de 100 satélites voltados para segurança e defesa.
Já em relação ao tempo de implementação, a agência prevê um prazo mínimo de cinco anos, embora uma definição mais precisa só possa ser feita após a conclusão das consultas com as empresas. (ANSA).
O que é um satélite de segurança e defesa?
Satélites de segurança e defesa são dispositivos lançados ao espaço com funções específicas para apoiar atividades militares e estratégicas de um país. Eles podem realizar tarefas como vigilância de áreas específicas do planeta, comunicações seguras entre forças armadas, monitoramento de fronteiras, detecção de lançamentos de mísseis e até espionagem eletrônica. Tudo isso com o objetivo de garantir a soberania nacional e a proteção contra ameaças externas.
Diferentemente dos satélites civis, como os meteorológicos ou de navegação, os satélites de defesa geralmente operam com maior sigilo, possuem comunicações criptografadas e sensores avançados, capazes de funcionar em diversas condições ambientais.
O que é uma constelação de satélites?
Uma constelação é um conjunto coordenado de satélites que trabalham em grupo, orbitando a Terra de forma sincronizada. No lugar de depender de um único satélite — que pode ter cobertura limitada ou falhar — a constelação distribui suas funções entre vários dispositivos. Isso garante uma cobertura global ou quase global, além de maior confiabilidade e rapidez na transmissão de dados.
No caso da Itália, a proposta é criar uma constelação com mais de 100 satélites. Essa estrutura pode permitir, por exemplo:
- Monitoramento contínuo de áreas estratégicas, mesmo em tempo real;
- Redundância de sistemas, garantindo que, se um satélite falhar, outros assumam sua função;
- Comunicações seguras e rápidas entre unidades militares em qualquer parte do mundo;
- Resposta mais ágil a ameaças e emergências.
Constelações como essa estão se tornando uma tendência global na área de defesa, com países como Estados Unidos, China e Rússia investindo em sistemas semelhantes. Caso aprovado, o projeto italiano colocará o país em um novo patamar tecnológico e estratégico no cenário espacial.
