Em um ano repleto de notícias e eventos marcantes – principalmente no que diz respeito a mudanças climáticas –, a fauna também teve uma forte presença, ora com situações engraçadas, ora com – infelizmente – tragédias e questões que nos fazem pensar cada vez mais nos animais e em nosso planeta.
Lembra do Loonkito? E da beluga espiã? De descobertas científicas a situações inusitadas, relembre nesta retrospectiva de Mundo & História alguns dos seres peludos, emplumados e escamosos do reino animal que viraram notícia em 2023.
Borboleta do gênero Saurona
No primeiro semestre do ano, cientistas nomearam um novo grupo de borboletas em homenagem ao vilão Sauron, dos romances de O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien. Eles escolheram o nome Saurona porque os anéis pretos nas asas laranjas do inseto lembram “o olho que tudo vê”, descrito nas obras.
Jacaré do esgoto
Na cidade de Oviedo, na Flórida, Estados Unidos, uma equipe de obras públicas encontrou um jacaré de cerca de 1,5 metro residindo em um cano de esgoto cheio de lama, provando que a lenda urbana que ficou famosa em Nova York não é bem uma lenda. Os registros do animal foram feitos graças a um robô equipado com uma câmera.
Hvaldimir, a baleia espiã
A Diretoria Norueguesa de Pescas reforçou um pedido para que as pessoas evitem o contato com uma famosa baleia beluga para evitar feri-la acidentalmente ou matá-la. Apelidada de Hvaldimir, a beluga ganhou fama internacional em 2019 depois de ser vista usando um cinto especialmente feito com suportes para uma câmera, o que levou especialistas a acreditarem que a baleia pode ter sido treinada pelos militares russos.
Loonkito, um dos leões mais velhos do mundo
Em maio desde ano, Loonkito, um dos leões mais antigos do mundo, foi morto no Quênia aos 19 anos. De acordo com o Lion Guardians, organização de preservação destes animais, o leão foi morto pelo dono de um curral no qual Loonkito havia entrado para caçar animais no meio da noite.
Tubarão com 518 anos
Nas águas cristalinas próximas ao Belize, no Caribe, um tubarão-da-Groenlândia (Somniosus microcephalus) de 518 anos foi avistado. Podendo atingir até 6,4 metros de comprimento e pesar até mil quilos, a espécie está entre as maiores do mundo e tem a longevidade como característica.
Os carcajus agora são animais protegidos por lei
O peludo e feroz carcaju, conhecido por inspirar mascotes esportivos no estado norte-americano de Michigan e também por emprestar seu nome em inglês (wolverine) ao famoso personagem da Marvel, está em risco de desaparecer nos Estados Unidos por conta do aquecimento global. Autoridades federais de vida selvagem decidiram proteger o animal sob a Lei de Espécies Ameaçadas.
Golfinho com sétimo sentido
Os golfinhos estão entre os poucos mamíferos que possuem seis sentidos: paladar, olfato, audição, visão e tato, além da ecolocalização. Uma série de experimentos confirmou recentemente que o golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), o mais comum em aquários, tem um sétimo sentido: eles conseguem detectar campos elétricos.
Pinguins cochilões
Um estudo publicado na revista Science apontou que, durante o curso de um único dia, pinguins adormecem milhares de vezes, cada episódio com apenas alguns segundos de duração. Ainda de acordo com o estudo, embora os animais tenham uma ampla variedade de estilos de sono, os pinguins facilmente detêm o recorde de sono fragmentado.
Curiosidades sobre o urso polar
Podendo chegar aos 3 metros de altura, este gigante predador ártico é absoluto em seu domínio, e personifica a força e a adaptação a um dos ambientes mais desafiadores do planeta. Mundo & História reuniu recentemente 10 curiosidades sobre o predador polar. Você viu?
Macacos reconhecem amigos
Um estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que os macacos são capazes de reconhecer velhos amigos que não viam há décadas, e são detentores da memória social mais duradoura já documentada depois dos humanos. Chimpanzés e bonobos (chimpanzés-pigmeus) foram capazes de reconhecer fotos de ex-colegas de grupo mais de 25 anos depois de vê-los pela última vez em carne e osso.
Elefantes morrendo no Zimbábue
Não é legal fechar a retrospectiva com uma notícia triste, mas esta, além de ter ocorrido recentemente, nos ajuda a refletir: pelo menos 100 elefantes morreram no maior parque nacional do Zimbábue, na África, nas últimas semanas por causa da seca. Segundo as autoridades locais da vida selvagem e grupos de conservação, o ocorrido é fruto do impacto das mudanças climáticas e do fenômeno climático El Niño.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.