A Noruega tornou-se o primeiro país do mundo a avançar com a polêmica prática da mineração em larga escala nas profundezas do mar. Um projeto de lei aprovado nesta terça-feira (9) irá acelerar a busca por metais preciosos que estão em alta demanda para tecnologias verdes. No entanto, cientistas ambientais já alertaram que isso pode ser devastador para a vida marinha.
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O plano do país europeu diz respeito às águas norueguesas, mas um acordo sobre a mineração em águas internacionais também pode ser alcançado ainda este ano. Um ponto importante levantado é que o conhecimento sobre as criaturas que habitam as profundezas do mar, as quais podem ser afetadas pela mineração, é limitado. O governo norueguês afirmou que está agindo com cautela e só emitirá licenças quando novos estudos ambientais forem realizados.
Exploração submarina gigantesca na Noruega
A ideia da Noruega é abrir 280 mil quilômetros quadrados de suas águas nacionais – uma área maior do que o tamanho do Reino Unido – para que empresas solicitem a mineração dessas fontes.
O fundo do mar abriga rochas do tamanho de batatas chamadas de nódulos e crostas, que contêm minerais como lítio, escândio e cobalto, essenciais para tecnologias limpas, incluindo baterias.
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Embora esses minerais estejam disponíveis em terra, eles estão concentrados em poucos países, aumentando o risco no fornecimento. Por exemplo, a República Democrática do Congo, que possui algumas das maiores reservas de cobalto, enfrenta conflitos em partes do país.
Via BBC News.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.