A Pedra de Scone, ou Pedra do Destino, iniciou na última quinta-feira (27) uma viagem da Escócia até a Abadia de Westminster, em Londres, Reino Unido, para estar presente na coroação do rei Charles III, prevista para o dia 6 de maio.
O artefato, considerado um dos principais símbolos da coroação, é também símbolo histórico da monarquia escocesa. Tanto que o Castelo de Edimburgo, na capital da Escócia, organizou uma cerimônia antes da partida do bloco, que é conhecido também como Pedra da Coroação, Pedra Fadada ou, ainda, Pedra de Jacó.
Detalhes marcantes e características da Pedra de Scone
Na parte superior da lendária pedra de arenito vermelho, existe um entalhe em forma de cruz, e um anel de ferro em cada extremidade para auxiliar o transporte.
O seu tamanho é de cerca de 66 centímetros de comprimento por 42,5 centímetros de largura por 27 centímetros de altura e o seu peso é de cerca de 152 quilos.
O ritual e algumas histórias por trás do artefato
No século XIV, o rei Edward I levou o bloco da Escócia como espólio de guerra. Para a atual coroação, a pedra viajará sob rígidas medidas de segurança e será colocada sob o trono do rei Edward I, usado nas cerimônias de coroação há mais de 700 anos.
O artefato chegou a ser roubado por um grupo de estudantes escoceses em 1950, mas retornou a Londres no ano seguinte. No entanto, foi simbolicamente devolvida à Escócia em 1996, mas com a condição de que poderia ser usada em futuras coroações inglesas.
Leia também: Projeto do Titanic é vendido por R$ 1,23 milhão no Reino Unido
A Pedra do Destino foi utilizada pela última vez em uma cerimônia do tipo em 1953, na coroação de Isabel II (Elizabeth II) no Reino Unido.
Segundo reza a lenda, a Pedra Fadada foi retirada da Terra Santa, passando por Egito, Sicília, Espanha e Irlanda, antes de chegar ao mosteiro escocês de Scone no século IX. Entretanto, de acordo com David Breeze, professor de História e Arqueologia da Universidade de Edimburgo, na Escócia, é muito provável que na verdade o bloco tenha procedência do reino escocês dos Pictos.
Com informações da AFP.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.