Pesquisadores descobriram uma pele fossilizada que dizem ser a mais antiga registrada. Semelhante à de crocodilo e com pelo menos 286 milhões de anos, o item foi preservado em uma antiga caverna no atual estado de Oklahoma. A descoberta pode ajudar a desvendar mistérios evolutivos e é uma pista importante de uma época em que alguns animais estavam fazendo a transição para a vida em terra.
“Encontrar uma pele fossilizada tão antiga é uma oportunidade excepcional de olhar para o passado e ver como a pele de alguns desses animais mais antigos poderia ter sido”, disse Ethan Mooney, estudante de pós-graduação na Universidade de Toronto e autor principal do artigo, em um comunicado de imprensa.
A descoberta, publicada na quinta-feira (11) no periódico científico Current Biology, foi feita em uma pedreira e sistema de cavernas chamado Richards Spur. Os pesquisadores acreditam que os animais caíram no sistema de cavernas e foram preservados pelo óleo e alcatrão que se infiltraram, os envolvendo.
“Há muito poucos casos de animais terrestres do Paleozoico com pele preservada”, disse Paul Olsen, paleontólogo e professor da Universidade de Columbia, que não estava envolvido no artigo. “Essa é uma das razões pelas quais isso é tão importante.”
Pele pode ajudar a resolver mistérios na história evolutiva
A pele preservada foi encontrada em um local com muitos fósseis de criaturas parecidas com lagartos chamadas Captorhinus aguti, mas não estava claramente associada a um esqueleto específico.
Olsen disse que a pele pode ajudar a resolver mistérios sobre como répteis e mamíferos se separaram na história evolutiva. As duas linhagens da vida compartilham um ancestral comum.
Leia também: Pesquisadores chineses anunciam espécie de pterossauro
“Eles levantam a hipótese de que a pele semelhante à de réptil estava presente no ancestral comum de répteis e mamíferos, mas não conseguem demonstrar isso com o material que possuem, pois sua pele semelhante à de réptil não está associada a um esqueleto”, disse Olsen sobre os autores. “O local pode revelar isso no futuro.”
“Eles levantam a hipótese de que a pele semelhante à de répteis estava presente no ancestral comum de répteis e mamíferos, mas não podem realmente provar isso com o material que têm, pois sua pele semelhante à de réptil não está associada a um esqueleto”, disse Olsen sobre os autores. “O local pode revelar isso no futuro.”
Via NBC News.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.