Com a utilização da Inteligência Artificial (IA), um grupo de cientistas japoneses descobriu pouco mais de 300 novos geoglifos no deserto de Nazca, no Peru, nos últimos seis meses.
A quantidade de gravuras encontradas neste período quase superou o número de linhas achadas por arqueólogos em 70 anos de pesquisa. Em quase um século, 430 geoglifos foram identificados.
A importância do uso de IA
De acordo com os especialistas, as 303 linhas misteriosas encontradas neste ano com o uso da IA quase duplicou o total de geoglifos conhecidos, que foram feitos há cerca de dois mil anos por uma civilização pré-inca.
“O uso da IA em pesquisa nos permitiu mapear a distribuição de geoglifos de forma mais rápida e precisa. O método tradicional de estudo, que consistia em identificar visualmente os geoglifos a partir de imagens de alta resolução dessa vasta área, era lento e trazia o risco de ignorar alguns deles”, disse o arqueólogo Masato Sakai, da Universidade de Yamagata.
Animais selvagens e humanoides: os geoglifos encontrados
Os cientistas usaram a tecnologia para analisar uma grande quantidade de dados geoespaciais produzidos por aeronaves para identificar áreas onde poderiam encontrar mais geoglifos.
Entre as novas figuras descobertas estavam geoglifos gigantes do tipo linear, representando principalmente animais selvagens, mas também menores, que mostravam figuras humanoides abstratas.
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As lendárias linhas de Nazca, uma série de incisões maciças no chão do deserto representando animais, plantas, seres e figuras geométricas, fascinam os cientistas desde que foram descobertas pela primeira vez. As formações, localizadas a cerca de 350 quilômetros ao sul de Lima, são uma das principais atrações turísticas do Peru. ANSA.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.