Pelo menos quatro novas espécies de polvos foram encontradas na costa do Pacífico da Costa Rica. De acordo com o Instituto Oceanográfico Schmidt, as novas espécies foram avistadas ao redor das fontes hidrotermais da região em uma área de aproximadamente 100 milhas quadradas (aproximadamente 260 quilômetros quadrados).
Uma equipe internacional de pesquisadores encontrou os novos cefalópodes durante duas expedições no ano passado a bordo do navio de pesquisa oceanográfica R/V Falkor. Em junho de 2023, dois berçários de polvos, um de arraias e duas fontes hidrotermais de baixa temperatura foram descobertos por pesquisadores usando um veículo operado remotamente chamado SuBasitan. Os cientistas retornaram aos berçários em dezembro e confirmaram que os polvos parecem estar ativos durante todo o ano. Eles também observaram várias outras novas espécies de polvos longe das fontes hidrotermais nas redondezas.
As quatro novas espécies estão sendo descritas por Janet Voight, curadora associada de zoologia de invertebrados do Field Museum of Natural History, e Fiorella Vasquez, do Museu Zoológico da Universidade da Costa Rica.
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“Através de um trabalho árduo, nossa equipe descobriu novas fontes hidrotermais na costa da Costa Rica e confirmou que elas abrigam berçários de polvos do fundo do mar e uma biodiversidade única”, disse a oceanógrafa Beth Orcutt, do Bigelow Laboratory for Ocean Sciences em Maine, em um comunicado. “Foi há menos de uma década que a emissão de fluidos hidrotermais de baixa temperatura foi confirmada em vulcões antigos, longe das dorsais médio-oceânicas. Esses locais são significativamente difíceis de serem encontrados, pois você não pode detectar suas assinaturas na coluna de água”, explica.
Polvos e outros animais coletados durante a expedição
Mais de 160 espécimes de animais foram coletados durante a expedição de dezembro. Eles se juntarão aos 150 espécimes descobertos em junho e serão arquivados no Museu de Zoologia da Universidade da Costa Rica.
De acordo com o Instituto Schmidt, essa é uma das primeiras vezes que todos os espécimes biológicos serão armazenados no país latino-americano de onde foram adquiridos após uma expedição ao fundo do mar, em vez de serem enviados para a Europa ou para os Estados Unidos.
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Manter os espécimes na Costa Rica deve permitir que os cientistas locais acessem facilmente amostras para pesquisa e potencialmente informem estratégias de gestão do fundo do mar.
Via Popular Science.
Jornalista pioneiro no campo da internet brasileira, Mario Cavalcanti começou a trabalhar com conteúdo online em 1996, tendo passado por portais de destaque como Cadê?, StarMedia Brasil, iBest, Globo.com e Click21. Gosta de assuntos como mistérios, criptozoologia, expedições e descobertas científicas. É editor do portal Mundo & História.